Sempre soube o valor das palavras,
dos gestos e das ações. Mas, nunca soube realmente qual era o mais importante. Talvez,
a soma é o que importa. A palavra certa na hora certa, o silêncio na hora
necessária, o gesto quando ninguém espera e a ação quando ninguém mais se
importa. Valores que para muitos são invisíveis, para outros, são cruciais. Não
há verdade absoluta, tudo é um grande encaixe de peças, onde quem for mais
hábil vence o jogo. Que jogo? O da convivência social, da harmonia sem
hipocrisia, da amizade verdadeira, do amor sincero e da paz de espírito. Há ainda
muitos mistérios a desvendar, mas a falta de sensibilidade nos cega para o
óbvio: o AMOR vence tudo.
O amor pela vida, pela sua profissão,
pelos seus amigos e familiares, pelo cotidiano aparentemente chato, pelo seu
vizinho realmente chato. Às vezes, esse amor precisa de um ingrediente básico
que está faltando nas prateleiras, PACIÊNCIA. Estamos na era dos impacientes,
dos que não suportam “perder” um segundo sequer, seja na internet, almoçando
com os parentes, ouvindo atento um amigo seu, no trânsito... que está ficando
crônico... vejo cada cena que fico rindo pra não chorar e achar que já chegamos
ao caos. Quantas vezes já me deparei com a seguinte situação: a pessoa
apressada me dá aquela fechada vendo uma vaga que mal caberia uma bicicleta, e
de quebra dá aquela buzinada, ok... finjo que não foi comigo, e ainda sai
cortando todo mundo pra chegar no sinal fechado. E eu, na minha economia de
gasolina, emparelho após 3 segundos. Dá vontade de abaixar o vidro e gritar... ihh
toma aí otáaarioo, cheguei também. Mas, me contento só na imaginação.
É uma falta de EDUCAÇÃO sem fim,
dando um desgosto danado naqueles que prezam pela paz na Terra. A JUSTIÇA tenta
pôr limites, através de leis e sanções para a manutenção dessa paz social, algo
que poderia ser dispensável se houvesse mais diálogos e bons ensinamentos desde
a infância. Mas, o que vejo são gerações de pais despreparados, que não cuidam
nem de si mesmos, quanto mais servir de exemplo pros filhos, que ficam à mercê dos
exemplos na rua, na escola – que também esqueceu seu papel de orientador na
formação de cidadania – na tevê e na internet, principalmente. Será que há uma
luz no fim desse túnel? Talvez uma luz de led, para se adequar à essa
modernidade focada no imediatismo banal.
A SOCIEDADE precisa ser alertada
para algo que observo também: a teoria da maçã podre. Estamos bitolados a
acreditar em tudo que a mídia propaga, sem ao menos “perdermos” tempo para
averiguar os exageros expostos como verdade absoluta. Voltando ao trânsito, a
maioria dos motoristas são corretos, mas basta um gaiato aloprado pra acabar
com a paz. E daí vem a impressão do caos. Ou seja, uma “maçã podre” estragando
a reputação de todos. Por que nós nos acostumamos a “deixar pra lá”,
simplesmente? Por que não nos indignamos e anotamos a placa desse condenado,
filmamos, e fazemos uma denúncia, um BO, jogamos no youtube, etc. Parece tão
fácil compartilhar zoeiras, por que não utilizamos a mídia contra a mídia? Mas,
aí vem alguém e fala: seja politicamente correto. Respirando pra não escrever
palavrão..........
Bem, já ouviram falar do deboísmo,
uma corrente criada para fomentar o respeito e calma nas relações em redes
sociais. Muitos já deturparam essa visão levando a crer que o deboísta é o que não
está nem aí com nada, simplesmente “tá de boas”, tomados pelo politicamente
correto, aquele cidadão aguado que “nem fede nem cheira”. Na hora em que as
pessoas deixarem de se importar com os fatos relevantes em sociedade, o mundo
volta à barbárie. Ok, exagero meu... mas, não imagino ter um filho que será
viciado em internet, “de boas” no sofá trocando os livros pelos youtubers da
vida – pânico. Por fim, relendo o que escrevi, quase um desabafo, vejo uma
expressão que daria certo se fosse posta em prática e repassada aos que ainda
se importam em ter qualidade de vida:
AMOR + PACIÊNCIA + EDUCAÇÃO = JUSTIÇA em
SOCIEDADE
No ritmo das ilustrações power point do nosso MPF kkkk
ResponderExcluirObservo a mesma coisa, todos os dias. A falta de paciência, que leva à grosseiria, antipatia tantas ias em uma lista sem fim.
ResponderExcluirGente que lota um elevador pois não pode perder 5 segundos e esperar o próximo, a pessoas que se estapeiam por um lugar em uma fila, e quantas filas.
Já ouvi a frase "se fosse fila para morrer não estava com pressa". E não estaria mesmo. Será que no céu há filas também? E quem não treina a paciência e o deboísmo vai para o hell onde não há filas?
Gostei do texto. Pude perceber que tenho impaciência com a impaciência dos outros hehehehehe
Vivemos em um mundo impaciente, e dele não sairemos vivos.