quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Livro: O Poder dos Quietos


Em uma sociedade repleta de informações e mídias sociais que se conectam por todos os continentes, somos impelidos a ser extrovertidos e acessíveis, a ter uma extensa lista de amigos e conhecidos, estar presentes em festas e reuniões, a ser sempre comunicativos. Introvertidos, no entanto, não são adeptos a esta receita, muitas vezes confundidos com os tímidos (apesentado no livro como pessoas que temem julgamentos), fazem parte de pelo menos um terço da população ou duas pessoas de nosso ciclo íntimo.

“O introvertido foi aquele aluno que sabia a resposta a uma pergunta que a professora fez, mas não levantou a mão para responder. ”

O livro: “O Poder dos Quietos” nos leva a repensar a imposição de sermos sempre comunicativos e expressivos, e, com isso, descartamos de nosso círculo social as pessoas que são consideradas introvertidas e tímidas, aquelas que preferem um bom livro a uma festa badalada, são estas que estão em seus quartos sob uma luz de mesinha produzindo obras literárias, estudando cálculos aritméticos e se tornando os cientistas do amanhã, sumidades como Bill Gates, Albert Einstein e Gandhi, introvertidos assumidos e que, em sua quietude característica, puderam mudar o mundo.

“O introvertido é uma pessoa sensível que se sente confortável tendo a si mesmo como companhia. ”


Os quietos, como o livro relata, são pessoas comuns: podem ser seus filhos ou amigos mais próximos, necessitam de certo espaço para se sentirem à vontade, acostumar-se a lugares novos e pessoas desconhecidas. Mas, quando necessário, são capazes de assumir posições de liderança pois, como genuínos “introvertidos”, sendo observadores, conseguem passar mais tempo com o problema até resolvê-lo, sendo, hipoteticamente, considerados melhores líderes que os extrovertidos, acostumados a agir por impulso, embora sejam estes os que acabam vendendo melhor um produto pela naturalidade que lhe é inata ao serem expressivos, são os que as empresas costumam caracterizar como funcionário ou líder ideal, aquele que sabe vender a si mesmo.

“Porque, ao buscar líderes em seus quadros, a maioria das empresas parece confundir liderança com autopromoção e exuberância. O introvertido sabe que dificilmente será o general que sai brandindo a espada à frente de suas tropas, mas tem tudo para ser o estrategista cujo plano garantirá a vitória na batalha”.

Susan Cain, escritora do livro e introvertida declarada, nos mostra em sua obra que introvertidos podem viver neste mundo que tem por hábito exaltar a extroversão. Introvertidos não precisam se sentir deslocados ou, sequer, ter a necessidade de mudar drasticamente quem são. Introversão não é e nem pode ser tratada como uma patologia, precisamos respeitar a diversidade no mundo, onde todos têm um pouco a contribuir, seja em âmbito profissional ou pessoal.


Texto de Larissa Marques,
bacharelanda em Direito




Um comentário:

  1. Interessante o livro...tb há qualidades em ser introvertido. Eu não confio em alguem que sorri o tempo inteiro rsrs

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