Em uma sociedade repleta de
informações e mídias sociais que se conectam por todos os continentes, somos
impelidos a ser extrovertidos e acessíveis, a ter uma extensa lista de amigos e
conhecidos, estar presentes em festas e reuniões, a ser sempre comunicativos.
Introvertidos, no entanto, não são adeptos a esta receita, muitas vezes
confundidos com os tímidos (apesentado no livro como pessoas que temem
julgamentos), fazem parte de pelo menos um terço da população ou duas pessoas
de nosso ciclo íntimo.
“O introvertido foi aquele
aluno que sabia a resposta a uma pergunta que a professora fez, mas não
levantou a mão para responder. ”
O livro: “O Poder dos Quietos”
nos leva a repensar a imposição de sermos sempre comunicativos e expressivos,
e, com isso, descartamos de nosso círculo social as pessoas que são
consideradas introvertidas e tímidas, aquelas que preferem um bom livro a uma
festa badalada, são estas que estão em seus quartos sob uma luz de mesinha
produzindo obras literárias, estudando cálculos aritméticos e se tornando os
cientistas do amanhã, sumidades como Bill Gates, Albert Einstein e Gandhi,
introvertidos assumidos e que, em sua quietude característica, puderam mudar o
mundo.
“O introvertido é uma pessoa
sensível que se sente confortável tendo a si mesmo como companhia. ”
Os quietos, como o livro
relata, são pessoas comuns: podem ser seus filhos ou amigos mais próximos,
necessitam de certo espaço para se sentirem à vontade, acostumar-se a lugares
novos e pessoas desconhecidas. Mas, quando necessário, são capazes de assumir
posições de liderança pois, como genuínos “introvertidos”, sendo observadores,
conseguem passar mais tempo com o problema até resolvê-lo, sendo,
hipoteticamente, considerados melhores líderes que os extrovertidos,
acostumados a agir por impulso, embora sejam estes os que acabam vendendo
melhor um produto pela naturalidade que lhe é inata ao serem expressivos, são
os que as empresas costumam caracterizar como funcionário ou líder ideal,
aquele que sabe vender a si mesmo.
“Porque, ao buscar líderes em
seus quadros, a maioria das empresas parece confundir liderança com
autopromoção e exuberância. O introvertido sabe que dificilmente será o general
que sai brandindo a espada à frente de suas tropas, mas tem tudo para ser o
estrategista cujo plano garantirá a vitória na batalha”.
Susan Cain, escritora do livro
e introvertida declarada, nos mostra em sua obra que introvertidos podem viver
neste mundo que tem por hábito exaltar a extroversão. Introvertidos não
precisam se sentir deslocados ou, sequer, ter a necessidade de mudar drasticamente
quem são. Introversão não é e nem pode ser tratada como uma patologia,
precisamos respeitar a diversidade no mundo, onde todos têm um pouco a
contribuir, seja em âmbito profissional ou pessoal.
Texto de Larissa Marques,
bacharelanda em Direito
Interessante o livro...tb há qualidades em ser introvertido. Eu não confio em alguem que sorri o tempo inteiro rsrs
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