Realizado no dia 28 de outubro, no Unipê, o
minicurso Drogas Problema Meu e Seu – Aspectos Sociais e Jurídicos, foi ministrado
pelo ex-policial federal, escritor, formado em Educação Física, Direito e Psicologia, o professor Deuzimar Guedes, que abordou sobre a
problemática que enfrentamos no cotidiano acerca das drogas, explicando sua classificação
como depressoras, alucinógenas, perturbadoras, e os efeitos predominantes de
cada droga.
Foram apresentados os aspectos mais comuns no que diz respeito à fabricação, distribuição e comércio das drogas ilícitas em nossa sociedade, bem como o que leva o indivíduo à dependência física e psicológica, onde diversos motivos existem para que o indivíduo embarque nessa onda, não podendo se criar um padrão, daí a dificuldade de uma política de saúde pública no tocante à prevenção.
Foram apresentados os aspectos mais comuns no que diz respeito à fabricação, distribuição e comércio das drogas ilícitas em nossa sociedade, bem como o que leva o indivíduo à dependência física e psicológica, onde diversos motivos existem para que o indivíduo embarque nessa onda, não podendo se criar um padrão, daí a dificuldade de uma política de saúde pública no tocante à prevenção.
A linha tênue ente o amor e ódio
que é comum entre paixões doentias, pode ser aplicada na relação do usuário com a droga, no trajeto de experimentação – uso regular – dependência; conselhos
são em vão aos apaixonados irracionais, assim também ocorre com quem se ilude nesse caminho perigoso onde alguns só enxergarão a realidade quando
se depararem com um grande trauma na sua vida ou na de outrem, e se houver tempo hábil para uma recuperação. Deuzimar também alertou para que não mais
diferenciemos as drogas legais das ilegais – lembrando que o álcool e o tabaco são
as drogas mais consumidas e que mais prejudicam em termos quantitativos – ambas
são questões de saúde pública que viciam e matam, levando a essa situação de
descontrole tanto pelos órgãos públicos, polícia e judiciário, como também
pelas famílias dos acometidos por esse drama cada vez mais frequente na vida dos brasileiros.

Outra grande dificuldade encontrada
pela polícia e justiça é quanto à velocidade de síntese de novas drogas no
mercado em detrimento a lentidão na atualização da classificação de substâncias
proibidas listadas na portaria 344/98, tornando quase uma operação de enxugar
gelo quando se trata de tecnologia a favor dos químicos que trabalham para o
tráfico. Por isso, Deuzimar é convicto de que a melhor saída ainda para essa
problemática são as campanhas educativas sérias e constantes nos veículos de mídia, com a evolução para a
descriminalização, ou seja, não tratar o consumidor como criminoso, mas como alguém
que precisa de cuidados de saúde física e psicológica, tudo isso para
desestimular o consumo e estruturar o nosso sistema de saúde para o tratamento
aos usuários e o nosso sistema jurídico
a fim de promover punições cada vez mais
rígidas aos traficantes.
A lentidão e o aparente despreparo do poder executivo para lidar com situação tão alarmante e de viés emergencial em vias de implodir ainda mais a questão da segurança pública, demonstra que os governantes não apenas são incapazes de tratar o “dever ser” do poder administrativo com maior firmeza e efetividade para com a problemática, estão, no momento, mais preocupados com campanhas eleitoreiras, do que com a situação e que, se não for resolvida a questão da conscientização desde berço, a população cada vez mais estará fadada a um mal sem fim. Culminando com a perda de seus filhos e amigos, de um lado, como usuários, ou de outro, vítimas da violência desenfreada no roubo de bens para a barganha por drogas, cada vez mais pagos com a vida de inocentes.
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